Por estas bandas, de forma avassaladora nesta época, se nos predispomos a percorrer a rua principal da cidade onde ainda sobrevive algum do comércio... Somos, sem exageros, se atendermos ao espírito natalício da delicadeza, abordados para cima de muitas vezes. Ele são os escuteiros que vendem velinhas para a Cáritas, ele é o jornalinho para apoiar a causa y, ele é a caixinha para as crianças que sofrem do problema x, ele é... um mar de solicitações que nunca mais acaba.
E não fora o facto de serem sempre os mesmos a dar e sabendo-se que há muito que precisam, mas muitos que também se aproveitam... aquilo que eu acho verdadeiramente impressionante é o olhar de censura a que tenho de me sujeitar quando não quero contribuir.
A mais brilhante que ouvi nestes dias foi assim:
Funcionário da caixa: Quer arredondar?
Cliente inspirada: Arredondo quando me arredondarem o ordenado!
Tudo o que estava a passar-se ao redor parou para olhar, mas ninguém me retira a gargalhada interior.
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