17/02/11

Proezas

Será que os avançados do Sporting tiraram um curso com este guarda-redes?!

16/02/11

127 horas


6 nomeações para os óscares (incluindo melhor filme, melhor actor e melhor canção original) e paisagens de cortar a respiração, num qualquer cinema decente, perto de si, já na próxima semana.
Não é para qualquer estômago, mas é verdadeiramente impressionante!
trailer / imdb (8.1/10)

14/02/11

Elogio ao Amor

Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também. 
Miguel Esteves Cardoso in Expresso

11/02/11

11022011

Bem a próposito do dia de hoje, fica a frase da semana:

Dá que pensar: "Tunisinos morrem para poder votar, egípcios morrem para poder votar! Portugueses não votam porque está frio!"

07/02/11

Vens-me buscar?

- Vens-me buscar?
- Vou. Mas onde?
- Tanto faz, desde que me venhas buscar.
Pedro Paixão, Histórias Verdadeiras

06/02/11

Notícia SIC

Notícia SIC - Primeiro Jornal:

Celestina Miranda faz hoje 104 anos. Nasceu, portanto, noutro século.

Curioso, eu também!

Be Happy

Got Talent

Kseniya Simonova foi a vencedora da edição Ucraniana do Got Talent - Tens Talento. Fez uma animação da invasão da Alemanha na Ucrânia durante a Segunda Guerra Mundial, tendo usado os dedos e uma superfície com areia.

Anne Frank

Depois de visitar toda a história da Polónia, senti uma grande necessidade de rever alguns filmes e de procurar histórias que lá ouvi. Algumas semanas depois tive de parar! A dimensão do horror cresce perante os nossos olhos. Se quisermos perceber tudo o que se passou, se tentarmos compreender uma infíma parte do sofrimento que foi imposto a tantos milhões de pessoas... é verdadeiramente impossível que o nosso coração fique indiferente e que os nossos pensamentos não sejam invadidos. Tive de parar!
Passados todos estes meses, resolvi ver uma mini-série que foi estando ali a olhar para mim por várias razões e, do modo que me é possível, voltei lá.

O Diário de Anne Frank foi talvez dos primeiros livros que li. Descobri agora que já foram vendidas mais de 30 milhões de cópias, que o livro foi traduzido para mais de 60 línguas e que, depois da Bíblia, é o livro de não-ficção mais lido do mundo.

Estas três horas foram um mundo de emoções e recordações. Voltei a Amesterdão e ao sótão que percorri há mais de uma década. Revi as fotos na parede, os excertos do diário dela a acompanhar as divisões da casa. E regressei, ao Verão, e recordei, com um misto de tristeza e angústia, aquele campo - Birkenau - a perder de vista... atravessado pela linha do comboio, que foi alvo de algumas das maiores barbaridades já cometidas pelo ser humano.

05/02/11

Acordo Ortográfico

Em caso de dúvida, no que ao novo Acordo Ortográfico diz respeito, tenho andado em total negação.
Já percebi algumas das alterações base, mas agora que a lei me vai obrigar a 'aprender' a escrever outra vez, já a partir de Setembro, acho que terei de cair na realidade.

Estou numa alegria que não posso! Exemplos como semi-recta vs semirreta são tão fantásticos que, acho que vou só ali à cozinha, mandar uns pulinhos de satisfação até me cansar!

03/02/11

Barbaridades

Não há dias em que não apareçam barbaridades destas nas notícias e está-me a querer parecer que caminhamos para a loucura generalizada, em que estes exemplos passam a ser o normal.

De certeza que os tomates, as batatas, os morangos... as vacas e as galinhas, estavam a precisar de auxílio urgente e que isso justifica tudo!

02/02/11

Se há dúvida, minhoca!

Há uns anitos (alguns!) fui uma das responsáveis pela criação da primeira equipa feminina de desporto escolar da minha escola. Desses tempos trago apenas um 'trauma', o de nunca termos conseguido ganhar a umas das equipas que defrontávamos com frequência.
Se íamos lá, os árbitros da casa, eram invariavelmente caseiros. Se eram elas a vir cá, os nossos árbitros (e colegas), em caso de dúvida, beneficiavam maioritariamente a equipa de fora, para não serem acusados de serem tendenciosos.
Poderia fazer uma dissertação sobre o quanto nos custava termos sempre a sensação de jogarmos contra duas equipas, mas na realidade, esta noite, só o que me ocorre é que isto é capaz de ser coisa dos genes. O Paulo Baptista hoje parecia um clone dos meus colegas... se há dúvida, minhoca!