17/11/12

Uma vénia...

... ao entrevistador e ao entrevistado. Que grande programa com que nos brindaram esta tarde!

15/11/12

A carga

Já li bastante, já vi muitas imagens e também ouvi as mais diversificadas e entusiastas opiniões sobre o assunto. Eu, sem tirar nem por, acho isto:

Há coisas do arco-da-velha. Uma delas é acreditar que um polícia, depois de hora e meia a levar pedradas, tem discernimento para, durante uma carga, saber quem prevaricou e não prevaricou.

Vamos a factos. Vários energúmenos (que nada tinham a ver com o espírito da manifestação, e já depois de esta ter acabado) começaram a apedrejar polícias em frente ao Parlamento. Vários manifestantes (entre os quais Daniel Oliveira, segundo o próprio relata na sua crónica) pediram insistentemente para não o fazerem, no que não tiveram sucesso e abandonaram o local. Um dirigente do PCP, que se encontrava a dar uma entrevista a uma televisão, condenou o sucedido e disse que ia retirar-se imediatamente daquele sítio, o que fez. Mais de uma hora depois, as pedradas continuavam. Alguns populares (ligados, presumo, à manifestação da CGTP) colocaram-se em frente da polícia tentando demover os delinquentes. De nada serviu, a chuva de pedras continuou. A polícia fez um aviso: retirem-se da praça que vamos carregar. Dois minutos depois repetiu o aviso. Cinco minutos depois, carregou. Quem ainda estava na praça sabia o que ia acontecer.

Bateram em pessoas que jamais tinham atirado uma pedra? É possível. O que não é possível é ser de outra maneira; o que não é possível é durante uma carga, um polícia que esteve sob uma tensão enorme durante horas, indagar e interrogar-se sobre a justeza da sua ação. Isso é lírico.

A polícia cumpriu todas as normas. Mas porque não foi ao meio da manifestação buscar os apedrejadores? Bem, porque era arriscado. E porque as cargas têm de ter aviso, pelo menos nos países democráticos e civilizados.

E, já agora, uma nota final para os ignorantes que comparam estas cargas às que existiam antes do 25 de Abril. Estive em várias e era assim. Um estudante (lembro-me de José Luís Saldanha Sanches, por exemplo) saltava para a escadaria da Faculdade de Direito e discursava contra a guerra colonial. De repente, de trás da reitoria, saía a polícia de choque do célebre capitão Maltez. Às vezes traziam cavalos, mas a maioria das vezes cães. Batiam em quem podiam, sem que nada fosse arremessado contra eles. Sem avisos, sem jornalistas que pudessem presenciar. Acham que há comparação? Não brinquem com coisas sérias!                  

13/11/12

Isabel Jonet

Volvida uma semana em que diariamente me cruzei com manifestações de desagrado e revolta, com declarações mais ou menos radicais de pessoas que referiram não voltar a contribuir para o Banco Alimentar contra a Fome, resolvi deixar-me de peneiras e ver na íntegra o que tinha deixado tanta gente indignada.
Não sei, talvez seja eu que ando a precisar de mudar a graduação das lentes ou de novo tratamento para as otites... mas, do meu ponto de vista, Isabel Jonet disse uma mão cheia de verdades. Que haja quem não as queira ouvir é outra conversa, mas ser crucificada em praça pública por chamar os bois pelos nomes... enfim! (Ou então, por exemplo, fui só eu que ouvi que os bilhetes para os One Direction voaram em apenas 7 horas e tudo o que está por trás disso é completamente irrelevante...)

12/11/12

Rosa Mota

Não sei se os nossos canais lhe deram 30 segundos de tempo de antena, ou 5, ou se chegou a ser uma qualquer nota de rodapé. Por mim, deveria ter sido notícia de destaque, mas por agora só fazem correr a tinta as 5 horas de estadia e a cor de serapilheira que a visitante do dia exibiu por cá.

Um prémio para uma grande senhora, com um percurso irrepreensível na estrada e nos outros campos que lhe conhecemos.

05/11/12

Les Miserables

Agarrando na famosa deixa publicitária, há uma linha na minha vida que separa os livros de Uma Aventura de todos os outros. Para o caso foi a grande história de Victor Hugo, Os Miseráveis
E porque fui eu ao baú das memórias longínquas?? Porque, contrariando todo o meu instinto pouco dado a musicais, me deparei com o que parece ser um inspirado presentinho de Natal para as telas de cinema: