09/11/11

Outras guerras #08

Não… não, eu não posso continuar neste labirinto que me enlouquece mais e mais a cada minuto que passa. Tenho que encontrar a saída que conduz à liberdade, à minha liberdade. Aprisionei-me, sem me dar conta, na teia que eu própria teci, como a aranha que tece a sua fortaleza com fios que se desfazem com um simples sopro de vento.

A minha pseudo-fortaleza também ruiu antes de eu mesma abrir os portões e acabei ficando soterrada nos escombros que se transformaram neste labirinto onde me perco todos os dias um bocadinho e aumenta a minha angústia de não ter a força para caminhar até à saída em liberdade, mas tenho que a arranjar, construi-la, procura-la, sei lá. Sob pena de ficar perdida para sempre, tenho que arranjar a força para caminhar até à saída que dá entrada no espaço livre onde posso passear. Viver! Viver sem o medo de não conseguir mais voltar. 
Poderia ter sido retirado de um blogue qualquer (mas não foi!)  e poderia ter sido escrito por centenas ou milhares de pessoas a viver em contextos totalmente diferentes, mas conhecendo a história tudo o que conhecemos é transportado para uma outra dimensão.
Para quem tiver um bocadinho, recomendo uma espreitadela do segundo terço deste vídeo do programa 30 Minutos, que deu ontem na RTP.

2 comentários:

Kok disse...

Vi!
É impressionante, arrepiante e também provoca uma revolta pela impotência que sentimos.
Por um lado somos fortes, com capacidade para vencer muita coisa.
Por outro lado somos fracos incapazes de fazer valer uma nossa vontade.
É a vida e é a morte também!

Cris disse...

Conhecia a história, mas vê-la e ouvi-la torna tudo muito mais real. Acho que acaba por ser um confronto com a nossa impotência e fragilidade...