Considero-me uma pessoa bastante tolerante. Atendendo ao que apanho no trabalho diariamente acho que até tenho doses de paciência acima da média, mas, claro, tenho o meu limite como toda a gente.
Esta quarta-feira achei que um dos miúdos (da turma que mais me tem cabo do juízo!) já tinha esgotado tudo o que havia de paciência, até das reservas que tinha para ocasiões especiais. Não satisfeito por ter sido repreendido toda a aula, achou que os 90 minutos não acabariam bem se não se enfiasse dentro do armário por debaixo da mesa de madeira que estava no meio da sala (!).
Quando a aula terminou cruzei-me com a Directora de Turma, contei-lhe o que se tinha passado e que o ia pôr por escrito para ver se ele sossegava. A DT já pelos cabelos foi ligar ao Encarregado de Educação.
Só no dia seguinte soube o desfecho. O miúdo chegou a casa depois das aulas e o padrasto tinha-lhe posto as malas à porta. Nesse dia já não entrou!
Há histórias tão complicadas e cabeças tão difíceis de compreender que nós nem temos bem noção. Há razões e não julgo... mas que me deu cabo do sistema deu.
Será possível pensar que o miúdo me poderia culpar... mas ontem voltou a dar-me milhentas razões para o pôr na rua e fazer participação. Por isso (e não só!), imagino que eu e a DT tenhamos ficado muito mais incomodadas que ele, com o facto de ter de fazer todos os dias 40 km para ir e vir da casa da tia.