Sorrio, indecisa sobre o tom em que foi feita a pergunta.
- Para que queres tu ir para a minha terra?
E ele continua:
- Limpo-lhe a casa toda.
Fico em silêncio... e breves segundos depois ele acrescenta:
- Em troca só quero cama e comida.
Percebendo que para o caso a minha terra até podia ser na cochinchina, retribuo o sorriso que tão bem esconde aos colegas aqueles olhos tristes...
2 comentários:
Se percebi bem, o que relatas é uma tristeza!
Gostava que não fosse.
Como gostava que não fosse verdade o que eu vi no super mercado.
Afinal faz tudo parte de um todo em que Portugal tem vindo a mergulhar!
É triste que os velhos não tenham como subsistir e que os novos não tenham perspectivas melhores.
Raios!!!
Bêjos.
§-a estrada na fotografia, é a de Castelo de Vide a Porto Espada?
Pois, deves ter percebido bem...
Parece-me que este tipo de casos já não vão sendo as exceções, mas a verdade é que há muita gente que veste o papel da total indiferença quando acorda de manhã e só o volta a tirar quando se deita. Um mundo de gente solitária, enfiada no seu cubículo ilusoriamente intocável, a fingir que tudo ao seu redor é em modo arco-íris. Às vezes o nosso muito pouco é de facto muito para outros... (Acho que isto é quase mais comentário ao teu post que ao meu!)
Em relação à fotografia é mesmo essa estrada, mais precisamente entre Castelo de Vide e a Portagem - para Porto da Espada ainda é mais um bocadinho (tirada há duas semaninhas, que este ano a chuva não quer nada com o nosso inverno).
beijos e bom fim de semana
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