Esta semana, quando liguei para a minha avó para lhe dar um grande beijinho de Parabéns ela respondeu com o sorriso de sempre que lhe sobressai no discurso, mesmo quando não a estamos a ver.
Para lá me contou que estava aflita com dores e que parecia que lhe doíam os ossos todos. Trocámos alguns comentários sobre os dias gelados dos últimos tempos e pouco depois dei por mim a viajar até muito longe, para uma época em que ainda nem sequer andava por cá.
Começou ela a relatar que já tinha passado muitos Invernos gelados, que quando era nova e iam apanhar a azeitona, o patrão às vezes fazia uma fogueira, porque eles ficavam com os dedos tão gelados que nem os sentiam. "Mas agora os ossos já são outros!"
Acabei a trocar ideias com os meus botões e conclui quase-muito-sabiamente que me parece é que os nossos ossos é que não valem nadinha, porque, se lá chegar aos 81, desconfio que os meus não me vão obedecer, como os dela ainda fazem, mesmo com dores.
2 comentários:
Acho que todos nós, da nossa geração e seguintes, estamos bem tramados aos 81 anos. Mas a grande questão será, chegamos a ter essa idade algum dia?
Parabêns Avó Mariana...
Abraços Musculados
Espero chegar... mas se tiver qualidade de vida suficiente para aproveitar alguma coisa.
O aumento da esperança média de vida, leva-nos a crer que teremos algumas probabilidades de lá chegar... o que eu me questiono, atendendo à evolução económica e social (com reformas cada vez mais tarde e tantas outras coisas mais!), como é que lá chegaremos?
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